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8M PRA TODAS

O dia 8 de março não é, necessariamente, um dia feliz. É (mais) um dia de luta. E, infelizmente, o 8M é uma marca que não vale pra todas as mulheres. Muitas - principalmente as pretas e periféricas com alguma consciência de luta e classe - não se sentem contempladas por esta data. E é importante tomar isto como referencial para os tempos que virão. 

De uma luta que é nossa. 

E a luta, se de todas, precisa contemplar a todas: as brancas, as pretas, as ricas, as pobres, as trans, as cis, as homos, as héteros, as conscientes ou não. 

Hoje, do alto dos meus privilégios, gostaria de lembrar que o desejo não pode ser só de um "feliz dia da mulher", quando não nos movemos para tornar possível tudo aquilo que nos proporciona a tal felicidade. Deseje (e ofereça), então, respeito, igualdade, representatividade, reconhecimento. Ocupação. LIBERDADE. 


A felicidade vai chegar plena quando nós, mulheres, deixarmos de ter medo e de sermos interrompidas, na fala e na vida, pelo fato de sermos quem somos ou quem escolhemos ser. Por hoje, que a luta nunca acabe. E que cada vez mais mulheres tenham o reconhecimento que merecem e ocupem os espaços que precisam.

Em tempo: "determinação", palavra primordial de toda luta.